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ROTEIRO
DE ATIVIDADES DOCENTES |
SEMANA DE 15 A 26 DE JUNHO DE 2020 |
PROFESSOR
(A): Amabile Fregona Rodrigues |
COMPONENTE
CURRICULAR: Eletivas Caminhada Cultural |
TURMAS: TE1– EF 9 |
NÚMERO
DE AULAS DESTE ROTEIRO: Duas aulas por semana. |
HABILIDADES
A SEREM TRATADAS: O objetivo deste Projeto é conhecer sobre a cultura e entretenimentos
existentes na Comunidade onde o Aluno reside, promovendo assim as atividades locais e conhecendo as
diferentes manifestações culturais da região. Ao longo do Projeto o Aluno
terá recursos e conhecimentos adquiridos para análise das formas de
distribuição da cultura local e organização social. A pesquisa, leitura de
notícias, filmes e outras mídias poderão ser utilizados. |
ATIVIDADES
A SEREM REALIZADAS |
ATIVIDADE
1 Olá
Alunos, Espero
que estejam todos bem! CARGA
HORÁRIA: Duas aulas por semana. DESCRITIVO
DA ATIVIDADE: 1) Leia a matéria a seguir e com base em
sua leitura e experiências, e pesquisas, responda as questões abaixo. Cultura Cultura é um
termo bastante explorado pela Antropologia, ciência
que surgiu na mesma época em que a Sociologia e
visa a analisar as sociedades humanas a partir de sua produção cultural, indo
das mais elementares formas de organização social até as mais complexas. O sentido
de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura
corresponde a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de
um povo ou um determinado grupo artístico (literário, dramatúrgico, musical,
derivado das artes plásticas etc.) que cultiva, de algum modo, um padrão
estético semelhante. Saiba
também: Cultura
brasileira: da diversidade à desigualdade Significado de cultura
Segundo o
dicionário Aurélio Online|1|, cultura
pode significar: 1.
Ato, arte, modo de cultivar; 2.
Lavoura; 3.
Conjunto das operações necessárias para que a
terra produza; 4.
Vegetal cultivado; 5.
Meio de conservar, aumentar e utilizar certos
produtos naturais; 6.
Aplicação do espírito a (determinado estudo ou
trabalho intelectual); 7.
Instrução, saber, estudo; 8.
Apuro; perfeição; cuidado. Em virtude
da variedade de significados dessa palavra
derivada do latim que deu origem tanto a expressões de cuidado e cultivo
quanto a expressões que designam conjuntos de conhecimentos e hábitos de
determinadas sociedades, é difícil realizar o seu esgotamento conceitual. Podemos
designar, com a palavra cultura, o cultivo de vegetais (a
cultura de tomates ou o cultivo de tomates), o cultivo do conhecimento humano alcançado
pela racionalidade e pelo senso estético (quando nos referimos a uma pessoa
culta, justificando que ela é letrada, erudita, que conhece vários idiomas ou
é conhecedora de arte) e a cultura de um povo, de uma
região, de uma nação, que se apresenta em suas diversas facetas: religião,
arte, culinária, costumes, conhecimento etc. De todas
essas formas a que a palavra cultura pode remeter, a última é a que será
tratada neste texto, pois é a que se encaixa no espectro de assuntos
estudados pela Antropologia, uma disciplina que surgiu no século XIX, em meio
ao surgimento da
Sociologia. As duas áreas compõem, junto à Ciência Política e à Economia,
o conjunto que forma as chamadas Ciências Sociais. A cultura é um
dos elementos de análise da Antropologia e foi desenvolvida de diferentes
maneiras, de acordo com o seu local e seu povo originário. Conceito de cultura para a Sociologia
Focando no
termo cultura observado pelo viés da Sociologia e
da Antropologia, podemos dizer que “é por meio da
cultura que buscamos soluções para nossos problemas cotidianos, interpretamos
a realidade e produzimos novas formas de interação social”|2|. O avanço
dos estudos antropológicos apresenta visões mais recentes da Antropologia que
contrariam as visões iniciais da disciplina. Os métodos antropológicos e
sociológicos de análise social e cultural também se modificaram. Por isso,
podemos destacar métodos e pontos de vista diferentes acerca
do estudo sociológico para adentrar no conceito de cultura por meio desses
métodos e de seus pensadores. No século
XIX, os estudos antropológicos surgiram na Europa, principalmente sob o
espectro do darwinismo
social do biólogo e sociólogo britânico Herbert Spencer. O
termo “evolucionismo” estava em voga nos meios intelectuais do século XIX,
devido à disseminação da teoria darwinista. O darwinismo social surgiu a
partir da conexão entre os estudos de Darwin e a
Antropologia, ligação efetuada por Spencer. Em sua
teoria, Spencer defende que existem estágios
diferentes de evolução humana no mundo e eles que se
apresentam por meio dos diferentes tipos de cultura desenvolvidos pelos seres
humanos em cada local. Essa
teoria, obviamente, leva em consideração as noções não somente geográficas,
mas também étnicas para
separar os diferentes povos, o que permite a percepção, nos dias de hoje, de
que o darwinismo social era uma ótica eurocêntrica e racista apoiada
em um método científico. Outro
grande nome a integrar o espectro do darwinismo ou evolucionismo social foi o
também britânico, considerado o primeiro antropólogo da Inglaterra, Edward
Burnett Tylor. O “pai” da Antropologia britânica revolucionou o conceito de
cultura para aplicá-lo em amplo aspecto em sociedades, porém ele estava
ligado a uma visão que mais tarde seria descartada do estudo social
científico, por estabelecer hierarquias sociais a partir da produção
cultural. A partir de Franz
Boas, os antropólogos foram percebendo, aos poucos, que não existia uma
hierarquia cultural. Outro nome
importante apareceu no século XIX, o do geógrafo, físico e antropólogo
alemão, naturalizado nos Estados Unidos, Franz Boas. Boas
divergiu das teorias antropológicas de sua época e passou a mergulhar na cultura indígena de tribos
estadunidenses, com uma ótica menos eurocêntrica, diferente dos
evolucionistas, que consideravam a cultura europeia superior a qualquer
cultura desenvolvida por nativos das Américas, da África e
da Ásia. O
culturalismo de Boas inaugurou um modo de pensar baseado na relativização
do termo cultura e de parâmetros para se entender a cultura, pois não
é possível medir uma escala de desenvolvimento cultural a partir de
sociedades diferentes. A visão
antropológica de Boas influenciou um novo modo de pensar a Sociologia e a
Antropologia no século XX, denominado estruturalismo. Os
estruturalistas enxergam que há uma lógica que liga a cultura com a língua, a
cultura com o povo e a cultura com o meio. Seguindo
essa visão, a cultura influencia a
caracterização de um povo, mas o oposto também acontece. Também há uma noção
de influência do meio, mas uma influência não
determinante. Tudo isso constitui uma estrutura social importante que deve
ser analisada. Um nome
importante da Antropologia estruturalista é o do etnólogo belga Claude
Lévi-Strauss, o qual teve sua obra
fortemente influenciada por sua estadia no Brasil, o que lhe rendeu o contato
com alguns povos indígenas. A
jornalista Véronique Mortaigne afirma, em introdução a uma entrevista feita
com Lévi-Strauss sobre sua relação com o Brasil, que: em 1935, o
jovem professor de 27 anos chega a São Paulo e depois se embrenha no Mato
Grosso, nas terras dos índios, inaugurando sua carreira de americanista. Esse
período de trabalho de campo, que se seguirá até 1939, servirá de base para a
construção teórica de sua Antropologia Estrutural.|3| Para
Claude Lévi-Strauss, não é possível estabelecer uma
hierarquização das culturas, ou seja, em termos de cultura,
não existe melhor ou pior, mais desenvolvido ou menos desenvolvido, mas sim
culturas distintas, que florescem junto a outros elementos das diversas
estruturas sociais. Leia
também: Auguste Comte, um
sociólogo de fundamental importância para as Ciências Sociais Tipos e exemplos de cultura
Podemos
estabelecer três tipos básicos de cultura, tomando uma concepção restrita da
palavra que se refere mais ao ambiente estético e
artístico do que a um conjunto de saberes coletivos. Esses tipos
são: ·
Cultura erudita
A cultura
erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de uma cultura muito
desenvolvida esteticamente e de alto valor, é um termo que, quando empregado,
pode resultar em uma visão etnocêntrica. Cultura
erudita é a cultura criada por uma elite, econômica, social ou intelectual,
que tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por meio de sua própria
classificação. Muitos
lementos culturais criados pelas elites foram amplamente difundidos,
sobretudo da elites europeias, muitas vezes de grande desenvolvimento técnico, como a
música erudita barroca e clássica, a ópera, a pintura e a escultura
renascentista etc. Dessa feita, podemos elencar como exemplos mais
específicos as óperas do compositor alemão Richard Wagner, como Tristão e
Isolda ou O Anel dos Nibelungos; as
pinturas de Caravaggio; as peças musicais de Bach, de Vivaldi ou a ópera de
Bizet. ·
Cultura popular O grafite é um
exemplo de manifestação cultural interessante, pois ele tem um caráter
popular, por estar fora do eixo erudito, com elementos da cultura de massa. É a expressão
cultural geral de um povo que, em muitos casos, em
especial em países como o Brasil, está fora do eixo erudito, por ser
uma manifestação popular criada por povos marginais, ou seja, que estão à
margem da sociedade, fora das elites. Se
pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica cultura nordestina, nortista,
sertaneja e indígena e, nos centros urbanos, das periferias e favelas, as
quais não se enquadram ao padrão erudito, pois a
nossa “erudição cultural” importou padrões essencialmente europeus. Tomemos,
como exemplos, a cultura indígena; o cordel nordestino;
a literatura de Ariano Suassuna (de uma estética linguística erudita, no
sentido de rebuscada, mas partindo de elementos da cultura nordestina); a
música sertaneja de raiz; o samba, que foi rechaçado pela cultura erudita por
muito tempo por ter surgido como expressão cultural dos negros, descendentes
de escravos e favelados; o rap brasileiro e o funk carioca autêntico (o funk
carioca de origem, sem a interferência da indústria cultural), que
hoje passam pela mesma discriminação que o samba sofreu no início do século
XX. Essas
mudanças de visão demostram que os padrões culturais e
estéticos mudam ao longo do tempo. O mesmo aconteceu com o jazz,
nos Estados Unidos, que era visto como uma cultura inferior por ter suas
raízes fincadas nos negros escravizados, mas hoje possui o status de cultura
erudita. Teodor Adorno, por exemplo, que, além de filósofo, era músico,
considerava o jazz uma degeneração musical dançante, fruto da cultura de
massa, pois fugia do padrão estético da cultura erudita europeia da qual
Adorno utilizava como padrão de medida. ·
Cultura de massa
A cultura
de massa é diferente da cultura popular e da cultura erudita, mas pode
mesclar elementos de ambas. A cultura de massa não é uma manifestação
cultural autêntica criada por um povo ou por uma elite intelectual, mas é
um produto da indústria
cultural, que visa a
atender as normas do mercado e fazer da cultura e da arte um negócio
lucrativo, produzindo e vendendo elementos culturais como se fossem objetos
que as pessoas desejam comprar. O
principal eixo produtor e disseminador dos padrões culturais massificados
hoje é os Estados Unidos, que importa os seus produtos culturais para
vários países globalizados, que
assimilam aqueles produtos como uma cultura autêntica. Notas |1| AURÉLIO.
Dicionário do Aurélio Online 2018. Disponível em:
<https://dicionariodoaurelio.com/cultura>. Acesso em: 03 de Abril de
2019. |2| SILVA,
A. et al. Sociologia em movimento,
vol. único – 2 ed. São Paulo: Moderna, 2017, p. 60. |3| LÉVI-STRAUSS,
C. Longe do Brasil.
Entrevista com Véronique Mortaigne, tradução de Jorge Vilela. São Paulo:
Editora UNESP, 2011, p. 29 – 30. Por
Francisco Porfírio Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/cultura Atividade
Proposta: a) Podemos considerar o slam, batalha,
rap, festas juninas e outras festas culturais, como manifestações culturais.
Temos essas manifestações em nossa região ou não? Qual (ou quais) delas você
já vivenciou? b) Busque no dicionário o significado de déficit.
c) Qual o déficit cultural na sua região?
E como poderíamos melhorar? >>Envie
o registro da sua Pesquisa para o endereço de e-mail: amabilefregona@prof.educacao.sp.gov.br RECOMENDAÇÕES:
Leitura, Pesquisa e registro no caderno ou Word. |
FERRAMENTA
DISPONIBILIZADAS AOS ESTUDANTES: As informações serão disponibilizadas via
Google Classroom e blog. |
INSTRUMENTOS
PARA VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM: Este objetivo será
avaliado por meio das devolutivas via e-mail, Google Classroom e Blog. |
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